The Playlist (Netflix - Mini Series 2022) Uma história, uma reflexão, muito que pensar
A série chama-se The Playlist e está disponível na Netflix.
Conta, visto isso com algum detalhe, como um "nerd" sueco, Daniel Ek, criou algo que, atualmente, faz parte da nossa vida: o Spotify.
A série é fascinante por se acompanhar, passo a passo, a criação de um serviço que veio, absolutamente, revolucionar a nossa vida (a minha veio, por certo, pois sou mega viciado no serviço de stream).
É fantástico ver como uma ideia se constrói, como as grandes criações e soluções são, afinal, as mais simples, que, com imaginação e engenho, tudo, ou pelo menos quase tudo, é possível.
É fantástico como aquelas pessoas, obstáculo depois de obstáculo, se vão superando e como, à falta de soluções presentes, criam, em rigor, o futuro.
É assim que o mundo avança, é com aquela vontade, com aquela atitude, com aquela coragem que o progresso se constrói e que o futuro se faz hoje.
Também é uma lição plena de que quando há coragem, arrojo, talento e alguma dose de loucura o "David" pode continuar a vencer os Golias deste mundo.
Afinal, por vezes, o impensável é mesmo possível e o sonho torna-se mesmo realidade.
Isto até o David, por si, se tornar, ele próprio, o Golias e começar a ser "atacado" por outros "Davides". Afinal, o poder, o dinheiro, sempre corrompe, mesmo que, na origem, só haja boas intenções. Os "elos mais fracos" serão sempre aqueles condenados a ceder numa luta constante pela supremacia. Afinal... é a lei natural...
Mas, também, esta serie, é uma reflexão. Uma reflexão sobre a liberdade, sobre a arte, sobre o poder, sobre a manipulação de massas, mesmo sobre o controlo que o Estado, em nome da liberdade, tem sobre os cidadãos e empresas.
Soberbamente bem construída e narrada, com interpretações bastante aceitáveis, a série sueca é baseada no livro intitulado "Spotify Untold" de Sven Carlsson e Jonas Leijonhufvud, é protagonizada por Edvin Endre e Christian Hillborg enquanto Daniel Ek e Martin Lorentzon, respetivamente, e realizada por Per-Olav Sørensen e por Hallgrim Haug com argumento de Christian Spurrier, Sofie Forsman e Tove Forsman.
Recomendo.