A estabilidade política é boa?
Claro que é!
Transmite confiança aos mercados, às instituições, às empresas, promove a paz e estabilidade social, permite a execução de medidas de fundo e de reformas estruturais.
Mas, agora….
Para haver estabilidade são necessárias maiorias absolutas e "geringonças"?
Claro que não!!!
Antes pelo contrário!!
Em democracias saudáveis, maduras e responsáveis a estabilidade alcança-se pelo diálogo, pelo debate, pelo confronto de ideias, pela discussão salutar de opiniões, projetos e políticas.
Isso sim é democracia!
Forças divergentes nas ideias e ideais, mas, sempre e incontestavelmente convergentes num propósito: o bem do povo e o progresso do país.
Só políticos medíocres, preguiçosos, egocêntricos e ignorantes precisam de maiorias para governar com estabilidade.
Porque um político que afirme que precisa de uma maioria absoluta para governar é porque não quer dialogar, não quer debater, não quer confrontar ideias, não quer ouvir os outros.
Quer, somente, sem ter muito trabalho, fazer o que quer, sem que ninguém o mace muito.
E isso não é governar, isso não é democracia, daí nada vem de bom, porque os poderes maioritários só geram clientelismos, favorecimentos e corrupção.
Reparem que os "grandes casos" de corrupção que tivemos em Portugal aconteceram sempre em maiorias absolutas tanto de esquerda como de direita.
Temos todas as condições para ter um governo estável, capaz de fazer verdadeiras reformas e gerar progresso.
Desde que governo e oposição (toda) façam o que devem: exerçam a democracia pelo diálogo, sejam responsáveis e voltem a assumir a Assembleia da República na "Casa da Democracia" e não num recreio de rufiões e putos mimados.
Caberá ao Presidente da República impor esta ordem e mediar este diálogo.
Essa é a sua função!!!!
Porque comentadores já temos muitos.
Chefes de Estado só temos um.
E o que nós precisamos não é de comentários, nem de opiniões e selfies.
Precisamos de uma mente esclarecida, de uma mediação imparcial e de uma autoridade institucional que obrigue os políticos a cumprir o seu dever e, em minoria mas em democracia, dar a Portugal o que Portugal precisa:
estabilidade, desenvolvimento e progresso.